São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
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Seleção cai logo na estréia

ANDRÉ FONTENELLE

Outra briga, desta vez entre profissionais e amadores, enfraqueceu o Brasil para a Copa da Itália.
A CBD, amadora, teve dificuldade para montar uma boa seleção, pois surgira uma nova entidade –a Federação Brasileira de Futebol, profissional.
A maioria dos bons jogadores brasileiros atuava em clubes profissionais, filiados à FBF. Não houve acordo para uma trégua durante a Copa.
A solução foi negociar diretamente com os jogadores. A CBD aliciou Leônidas (Vasco), Luizinho e Waldemar de Brito (São Paulo), entre outros.
Os clubes profissionais eram contra: o Palestra Itália (hoje Palmeiras) escondeu seus jogadores em uma fazenda.
A campanha foi curta. O Brasil foi eliminado na estréia, em Gênova, pela forte seleção espanhola: 3 a 1.
Com 30 minutos de jogo, os espanhóis já venciam por 3 a 0, dois gols de Langara e um de Irarogorri, de pênalti.
No segundo tempo, o Brasul melhorou. Leônidas pegou um rebote do goleiro Zamora e descontou aos 7 min.
Oito minutos depois, Luizinho teve um gol anulado pelo juiz alemão Birlem, por impedimento.
Aos 25 min, Waldemar de Brito desperdiçou um pênalti, defendido pelo grande Zamora.
Waldemar se redimiria muito mais tarde: foi ele quem descobriu o talento de Pelé.
(AFt)

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