São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994 |
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Argentina depende do futebol de Maradona Time vai mal, mas pode surpreender JOHAN CRUYFF
As derrotas diante da Colômbia, por 5 a 0, na fase de classificação para a Copa, e diante do Brasil, num amistoso, ou o pobre futebol apresentado diante da Austrália na partida decisiva para a classificação, poderiam fazer pensar que a Argentina não estará entre os melhores. Há outros fatores, porém, que me fazem pensar o contrário. Para começar, as altas temperaturas que vão condicionar as partidas durante a Copa dos Estados Unidos podem ajudar os argentinos a se apresentarem melhor contra as seleções européias. Pelo menos teoricamente. Além disso, o treinador Basile tem conseguido um equilíbrio importante entre jogadores veteranos, com experiência de Copa do Mundo, como o goleiro Sergio Goycoechea e Oscar Ruggeri, com jovens valores de qualidade já demonstrada, como Fernando Redondo, Leo Rodríguez e Diego Simeone. O peso da seleção recairá sobre o trabalho e a inspiração desta nova leva de jogadores... e no que for capaz de fazer Diego Armando Maradona. O país inteiro confia nele e espera, apesar de tudo apontar para o contrário, que ele poderá novamente conduzir a Argentina ao êxito. Todos os argentinos recordam como ele foi capaz de ganhar o Mundial de 1986, no México, em companhia de um grupo de jogadores medianos. Ou ainda como levou sua seleção à final da Copa de 1990, na Itália, com uma equipe que era ainda pior. Maradona é a esperança do país. Os argentinos não se lembram, porém, do fracasso de Maradona como jogador do Sevilha (Espanha) e do Newell's Old Boys (Argentina). Maradona, além disso, terá o seu finalizador preferido, Claudio Caniggia, fora de forma depois de ter passado dois anos sem jogar, suspenso por causa de drogas. Maradona e a Argentina apostarão em um outro goleador, Gabriel Batistuta, para conseguir seu terceiro título mundial. Texto Anterior: Gays ocupam cidade em junho Próximo Texto: Schumacher corre entre a euforia e o temor Índice |
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