São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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'Constituição assegura greve'

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

`Constituição assegura greve'
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Garisto, disse que as opiniões do ministro da SAF (Secretaria de Administração Federal), Romildo Canhim, são "um direito de liberdade de expressão dele".
"Mas como ministro, ele deveria se pronunciar apenas com base na Constituição Federal, que assegura o direito de greve e dá respaldo à sindicalização do policial federal", disse Garisto.
Quanto a ilegalidade e inconstitucionalidade dos motivos da greve, alegados por Canhim, Garisto pergunta: "Se nossa reivindicação é irregular, por que somente agora é que estão questionando?".
Garisto diz que há três anos os salários dos policiais civis do Distrito Federal são pagos em proporção ao que ganha um delegado da mesma polícia. E, ao contrário do que diz a lei, a Polícia Federal não tem isonomia com esses policiais.
"Imoral não é o salário-mínimo de 64 URVs", diz Francisco Garisto. Ele também rebate as acusações de que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) "manobra" os sindicatos filiados a ela.
"A CUT não faz mais do que dar apoio institucional. No nosso caso, a Federação sequer é associada à CUT. Apenas seis dos 27 sindicatos são ligados à Central", afirmou.

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