São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Fenômeno gera solidariedade
DA FOLHA NORDESTE Os ribeirão-pretanos amanheceram ontem nas ruas, tentando avaliar as perdas provocadas pela tempestade.Durante todo o dia, dezenas de pessoas amontoavam-se nas calçadas de diferentes bairros, todos com um misto de curiosidade e susto no rosto. O comerciante Arnaldo Laguna, 68, que mora na cidade desde que nasceu, afirmou nunca ter visto nada parecido. Laguna teve sua casa inundada e sua empresa de venda de auto-peças destelhada e inundada. Para o ortodontista Sérgio Neuppmann, 43, o que levou as pessoas às ruas foi a curiosidade. "Ninguém nunca passou por isso. Só de manhã é que deu para ter uma noção do estrago", disse. A dona-de-casa Odete Ribeiro, 60, viu solidariedade entre vizinhos e conhecidos. "As pessoas vinham perguntar se eu precisava de ajuda, porque sabem que eu moro sozinha. Todos queriam ajudar". O promotor público Marcus Túlio Alves Nicolino, 28, teve seu Tempra 94 amassado por galhos de árvores e pelo granizo durante a noite, enquanto jantava em uma pizzaria no centro da cidade. "Num primeiro instante, acho que todo mundo só queria se salvar, se abrigar, depois é que as pessoas procuraram se ajudar." Texto Anterior: Metade da cidade ficou sem luz e água Próximo Texto: Ourinhos sofre com chuvas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |