São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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Procura cresce 25% com o real, prevê Abac

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova moeda do país, o real, vai provocar aumento de 25%, em média, na procura pelo sistema de consórcio no Brasil.
A previsão é de Egidio Airton Modolo, presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios).
Para ele, com a estabilização da economia, o consumidor não terá medo de comprometer parte do salário com prestações.
"O consórcio funciona como uma poupança. O consumidor se programa para ter um produto num determinado período."
Segundo ele, os grupos interessados em adquirir eletroeletrônicos por esse sistema de financiamento estão crescendo no Brasil.
Os recursos movimentados no consórcio de eletroeletrônicos, conta ele, foram de US$ 580 milhões em 1992, de US$ 700 milhões em 1993 e podem chegar a US$ 1,12 bilhão este ano.
Antonio Carlos Clarim, diretor-superintendente do Mappin Consórcios, diz que a procura pelo sistema cresceu 30%.
Se comparados os grupos em andamento em abril de 1993 e em igual período deste ano, o salto foi de 3.500 para 4.600.
"Há um público que quer a mercadoria mas só pode tê-la se financiá-la a longo prazo e não tiver pressa para tê-la em casa. Estamos atrás deste consumidor". Com a estabilização, ele crê, uma faixa "adormecida" da população vai ser atraída pelo consórcio.
Para Masayoshi Morimoto, diretor-presidente da Sony, que escoa quase 15% da sua produção pelo sistema de consórcio, acredita que as vantagens desse financiamento diminuem com o real.
Atualmente, a Sony vende entre 7 mil e 10 mil produtos por mês pelo sistema de consórcio.
Em 93, a venda por esse sistema representou 5% do faturamento total da Sony, de US$ 145 milhões.
Este ano, diz, deve participar com 15%, de uma receita estimada em US$ 200 milhões.
(FF)

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