São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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`A Gaivota' mistura vida e criação artística

MARCO CHIARETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Espetáculo: A Gaivota
Autor: Anton Tchecov
Direção: Francisco Medeiros
Tradução: Tatiana Belinky
Cenário: J. C. Serroni
Duração: 2h
Quando: Estréia hoje às 21h; hoje e amanhã, o espetáculo faz parte da programação do 4º Festival Internacional de Artes Cênicas de São Paulo; a temporada normal começa no dia 19 de maio e vai até 2 de outubro: quartas a sábados, às 21h, e domingos, às 19h
Onde: Porão Piso 796 do Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, região central de São Paulo; tel. 011/277-3611)
Quanto: CR$ 6.000
Lotação: 250 lugares
Elenco: Walderez de Barros (Arcádina), Marco Ricca (Treplev), Mayara Magri (Nina), Genezio de Barros (Trigórin), Luiz Carlos Rossi (Chamráiev)
Sinopse: Dois escritores e duas atrizes discutem sobre a criação artística em uma propriedade no interior da Rússia no fim do século 19

"A Gaivota", de Anton Tchecov, estréia hoje em São Paulo, em uma montagem dirigida por Francisco Medeiros. A peça, escrita em 1896, conta a história de Constantin Treplev, um escritor atormentado pela criação e pela relação com a mãe.
Medeiros, 45 anos e 45 montagens, acha que a peça, produzida pelo ator Marco Ricca, 31, "propõe um mergulho quase físico na alma dos personagens, realçado pela escolha do porão do Centro Cultural (CCSP) como palco do drama".
O cenário de J. C. Serroni aproveita 2.000 metros quadrados do espaço do porão do CCSP, utilizando como piso as telhas de concreto usadas na construção do Centro.
O cenário, seco e despojado, completa-se com feixes de galhos amarrados e "pacotes" –que lembram os trabalhos do artista plástico búlgaro radicado nos EUA Christo Javacheff– espalhados por todo o espaço.
Ricca, que além de produtor, interpreta Treplev, filho da atriz Irina Arcádina (Walderez de Barros) diz que seu personagem é difícil, "alguém que quer escrever e fazer as coisas como elas aparecem".

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