São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994
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Servidor público pode parar hoje por 24h

DA REPORTAGEM LOCAL

Os funcionários públicos municipais ameaçam parar hoje em protesto contra os baixos salários. A paralisação deve atingir creches, postos de saúde e hospitais.
A greve de 24 horas foi decidida no dia 9 de abril em assembléia com cerca de 200 pessoas. A categoria reúne 100 mil servidores.
Segundo Alice Vicente, 36, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, é necessário um reajuste de 540% para recuperar o salário de maio de 94.
Para repor as perdas desde o início do governo, seriam necessários 86,87% em abril, segundo ela.
Às 10h, os funcionários fazem uma manifestação em frente ao gabinete do prefeito, no parque D. Pedro 2º (região central).
O secretário municipal da Família e Bem Estar Social, Adail Vetorazzo, disse que não há nenhum esquema especial para atender os usuários das creches.
Segundo Alice, os postos de saúde só atenderão emergências hoje. Os hospitais, segundo ela, só deverão ter paralisação parcial.
Nas administrações regionais a adesão também deve ser pequena, segundo o sindicato. Segundo Alice, os serviços não param porque estão na expectativa de mudança de seus planos de carreira.
Outra reivindicação é o fim da lei que limita despesas do município com a folha de pagamento em 58% da arrecadação.
Escolas e serviços administrativos não devem ser atingidos, segundo avaliação do sindicato, que é filiado à CUT.
O secretário municipal de Administração, José Eduardo Fadul, não foi encontrado ontem. Às 15h, a reportagem da Folha foi informada, por telefone, que ele estava em reunião. Às 17h30, sua secretária disse que já Fadul tinha saído.
Os professores só devem entrar em greve em junho, segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal.
Saúde
Os funcionários da rede estadual de saúde têm assembléia hoje às 10h. Eles definem a continuidade da paralisação, iniciada na última quarta-feira.
Ontem, representantes dos grevistas e da Secretaria de Saúde se reuniram, mas não foi apresentada nenhuma proposta.
Segundo o sindicato, 40% dos funicionários estão em greve.

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