São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 1994
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Proposta desagrada professores

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nova proposta salarial feita ontem pelo governo não agradou a direção das entidades que lideram a greve na rede de ensino de São Paulo, iniciada há uma semana.
Apresentada pelo secretário da Educação, Carlos Estevam Martins, a proposta mantém piso de 97 URVs em maio, de 102 URVs em junho e de 111 URVs em julho.
Mas acrescenta a formação de um grupo de trabalho em agosto, com secretários de Estado e entidades do magistério, para rediscutir seu plano de carreira.
Os professores reivindicam piso emergencial de três salários mínimos (195 URVs).
"A proposta mantém a péssima situação salarial em que estamos agora e só acena com uma revisão não-garantida dos salários em agosto", diz o presidente da Apeoesp (o sindicato dos professores), Roberto Felício.
Segundo ele, hoje de manhã será avaliada pelo Conselho de Representantes da Apeoesp as perspectivas do movimento grevista.
Assembléia geral, às 14h na praça da República (região central de São Paulo), decide se a greve continua.
A Apeoesp calcula a adesão à greve em 30%. O governo diz que fará um cálculo hoje.
Os funcionários, que também estão em greve, têm assembléia no mesmo local após a decisão dos professores.
Cerca de 600 alunos das escolas estaduais Brasílio Machado e Lasar Segal (na Vila Mariana) fizeram ontem passeata de apoio aos professores, reivindicando do governo uma solução para a greve.
A passeata saiu do Brasílio Machado –um dos melhores colegiais da rede–, passou pelo Lasar Segal –a dois quarteirões de distância– e seguiu pela avenida Domingos de Morais até a estação Ana Rosa do Metrô.
A maioria das palavras-de-ordem era contra o governo Fleury e a falta de verbas para a educação. Os estudantes combinaram ir hoje à assembléia dos professores.

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