São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Tucano agora vai defender proposta quercista

GABRIELA WOLTHERS
TALES FARIA

GABRIELA WOLTHERS; TALES FARIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de adotar o programa do leite do governo Sarney e o programa de renda mínima do PT, ontem a direção da campanha tucana encampou uma idéia quercista.
Ficou acertado que, em seus discursos, FHC defenderá a "interiorização do desenvolvimento brasileiro".
"A idéia é que o Brasil deve se desenvolver a partir de pequenas e médias cidades", disse o presidente do PSDB, Pimenta da Veiga. O fortalecimento dos municípios é uma das bases da campanha do virtual candidato do PMDB, Orestes Quércia. Para Pimenta da Veiga, a idéia "é distribuir o desenvolvimento, que acarretará a distribuição de renda".
Para assegurar o discurso, as viagens de FHC darão prioridade a pequenos e médios municípios, principalmente os localizados nas regiões Nordeste e Sul.
Após a análise de pesquisas, chegou-se à conclusão de que, apesar de a aliança PSDB-PFL-PTB possuir lideranças fortes nessas duas regiões, o candidato tucano tem pouca penetração no eleitorado.
Como não há tempo hábil para realizar "caravanas" pelo país como a que está sendo feita por Lula (PT), FHC optou por visitar locais que tenham exemplos positivos ou negativos de desenvolvimento.
PSDB, PFL e PTB decidiram definir rapidamente um slogan para a aliança eleitoral na tentativa de desvincular o nome de Fernando Henrique Cardoso de partidos.
Em reunião ontem, as cúpulas das três legendas avaliaram que FHC tem que parar de tentar explicar a coligação dos tucanos com o PFL e centrar o discurso em propostas de governo.
A coligação está fazendo pesquisas para a definição do nome da aliança. "União pelo Brasil" e "União, Trabalho e Progresso" são duas das alternativas.
O slogan oficial será divulgado hoje, durante a convenção do PFL em Brasília.
Na semana passada, Lula lançou oficialmente no Rio a coligação que apóia sua candidatura. O nome da aliança é o mesmo da disputa de 89, "Frente Brasil Popular".

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