São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Despenca aprovação ao programa econômico

DA REDAÇÃO

A aprovação ao plano econômico cai enquanto passam os dias de experiência com a URV (Unidade Real de Valor) e de espera para a chegada do real.
Para a maioria dos paulistanos, o plano é ruim para o país (opinião de 43%) e representa prejuízo no plano pessoal (46%).
O resultado é de pesquisa Datafolha realizada dia 13, sexta-feira passada, ouvindo 659 pessoas na cidade de São Paulo.
Um dia depois do anúncio das nedidas, em 1º de março, o plano era considerado bom por 51% dos entrevistados e ruim por 20%.
Um segundo levantamento, dia 21 de março, apontava aprovação de 52%, enquanto 22% diziam que o plano era ruim para o país. Hoje, o apoio se restringe a 24%.
A curva de reprovação é menos acentuada quando a pergunta é sobre o efeito das medidas no plano pessoal.
Desde a primeira pesquisa, o índice dos que se sentiam mais prejudicados (28%) era maior do que daqueles que viam vantagens pessoais (20%). Mas, para a maioria (38%), as medidas eram indiferentes.
Três semanas depois, no dia 21 de março, 39% diziam ser indiferentes; 35%, mais prejudicados; e 19%, mais beneficiados.
Agora, em primeiro lugar, com 46%, estão aqueles que se sentem mais prejudicados; a seguir os que avaliam as medidas como indiferentes (36%) e só então, com 15%, os que se sentem beneficiados.
Se em 1º de março, 14% não sabiam avaliar as medidas no plano pessoal, hoje este número se restringe a 2%.
As mulheres (52%) se sentem mais prejudicadas do que os homens (40%)
Também é maior entre elas a avaliação de que o plano está sendo ruim para o país (47%, contra 18% que dizem estar sendo bom).
Entre os homens, as medidas estão sendo ruins para o país na opinião de 38% e boas para 32%.
Quanto menor a renda, maior é a reprovação. O plano é prejudicial para 54% dos que ganham até cinco salários mínimos, contra 34% dos que têm renda superior a dez mínimos.
A situação é a mesma quando o critério é escolaridade. Entre os que cursaram até o primeiro grau, 49% avaliam que o plano está sendo ruim para o país, contra 17% que dizem ser bom. Para 40% dos que fizeram o segundo grau, 40% dizem ser ruim e 28%, bom.
A avaliação se inverte entre aqueles com curso superior. O plano está sendo bom para 40% e ruim para 28%.

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