São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Varig diz não voltar atrás nas demissões

Empresa prevê lucro só em 95

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Varig, Rubel Thomas, disse ontem ao ministro do Trabalho, Marcelo Pimentel, que a empresa não tem como voltar atrás na demissão de 2,6 mil funcionários.
Thomas foi convidado por Pimentel para uma conversa após o ministro receber apelos dos sindicatos dos aeroviários e aeronautas para intervir no caso. As demissões foram anunciadas no início deste mês.
A Varig tem hoje uma dívida de US$ 1,9 bilhão. "Estamos fazendo todos os esforços para salvar um empreendimento", afirmou ele, sobre o processo de reestruturação da empresa.
A companhia teve um prejuízo de US$ 97 milhões em 1993 e outro de US$ 380 milhões em 1992. Thomas prevê que a Varig deve fechar com lucro operacional somente em 1995.
Com o corte, a Varig ficará com 22.429 trabalhadores, cerca de 6.000 a menos do que em dezembro de 1991.
Serão extintas linhas para o Canadá, Nigéria, e Guiana Francesa. Vários escritórios no exterior serão substituídos por representantes.
Thomas tem afirmado que a crise da Varig tem como origem problemas nas áreas doméstica e externa.
Na área internacional, que responde por 65% do faturamento da empresa, Rubel Thomas sustenta que há uma elevada ociosidade.
No mercado doméstico, responsável por 35% do faturamento, a Varig responsabiliza a defasagem tarifária acumulada entre 1986 e 1991, as altas taxas de juros e a carga tributária.

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