São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 1994
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Diários revelam comentários anti-semitas

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Esses diários foram transformados em um livro de 700 páginas, colocado à venda ontem pela editora Putnam. Haldeman morreu no ano passado.
Nos diários há referências a comentários irados de Nixon contra "os judeus que controlam os meios de comunicação no país".
Haldeman diz que, depois de Nixon se queixar dos judeus, o pastor evangélico Billy Graham teria afirmado que "na Bíblia há diversas menções a judeus satânicos".
O reverendo Graham negou ontem jamais ter feito esse tipo de declaração.
Haldeman descreve várias situações em que Nixon se mostrou "enraivecido" pela falta de apoio da comunidade judaica norte-americana e procurava conselhos sobre como puni-la.
Em muitas dessas ocasiões, o então secretário de Estado, Henry Kissinger, que é judeu, estava presente.
Os diários também registram várias menções depreciativas a negros feitas pelo então presidente. Nixon, por exemplo, pediu a Haldeman para se certificar de que apenas "negros de confiança" fizessem parte de sua segurança durante viagem à China.
Haldeman também afirma que Nixon tinha um dossiê sobre escândalos sexuais do senador Edward Kennedy, do Partido Democrata, para usar se ele se candidatasse à Presidência em 1972 (o que não aconteceu).
Nixon e Haldeman romperam em 1973, mas se reconciliaram no ano passado, pouco antes da morte de Haldeman.

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