São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Falta de volante ameaça loterias
DA SUCURSAL DO RIO Uma liminar suspendendo a licitação da CEF (Caixa Econômica Federal) para compra de volantes de Loto e Sena pode inviabilizar as apostas nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e parte de Minas Gerais.O juiz João Baptista Coelho Aguiar, da 1ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, concedeu na semana passada a liminar sustando, por suspeita de irregularidade, o resultado da licitação vencida pela Gráfica Kalunga –patrocinadora do time de futebol do Corinthians. O mandado de segurança foi impetrado pela Gráfica Portinho Cavalcanti, do Rio. A empresa argumenta que perdeu a licitação de menor preço com uma proposta inferior à apresentada pela Kalunga –uma diferença de CR$ 13,86 em cada mil volantes. A diferença nos preços, de acordo com a gráfica, representaria um custo adicional para a CEF de US$ 10 mil. Segundo o advogado da Portinho Cavalcanti, Aristides Costa, a CEF violou o edital de licitação ao excluir a empresa da disputa pelo Grupo 6, que previa a impressão de 63 milhões de volantes e um valor estimado de US$ 1 milhão em um ano de contrato. As licitações para comprar volantes para Sena e Loto são feitas uma vez por ano, dividindo o país em seis grupos –um total de 414,7 milhões de volantes. O prazo para entrega dos volantes contratados pela Caixa vence dia 27. O juiz João Aguiar deu prazo até o dia 23 para que a CEF preste informações à Justiça. A CEF informou em nota que "promoverá o remanejamento de estoque" para evitar problemas nas apostas de Sena e Loto no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e MG. Na nota, os dirigentes da Caixa afirmam que contestaram ontem a liminar concedida pelo juiz João Aguiar. Texto Anterior: Onda de bingos invade São Paulo Próximo Texto: Irregularidades são comuns no interior Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |