São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Técnico faz Argentina voltar às origens

JAIRO DOS SANTOS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Voltar às origens, "a la nuestra". Esta foi a proposta de Basile ao assumir a seleção argentina.
Optou por um futebol mais ofensivo e criativo, retornando ao 4-4-2 tradicional, jogado pela maioria dos clubes argentinos, afastando-se do 3-5-2 de Bilardo, com dois stoppers e líbero.
Adaptações foram necessárias, a fim de diminuir os riscos decorrentes da nova lei do impedimento.
A evolução tática foi reduzindo a presença de atacantes puros na formação das equipes. Muitas seleções, como a Argentina, jogam com um ou dois e isso obriga a contar com especialista de máxima qualidade.
Além disso, vem se tornando importante a presença de dois jogadores bivalentes no meio-campo, que atuem também como atacantes. E o ataque argentino não vem correspondendo.
Maradona, ao que parece, deverá atuar como um "jugador de enlace", como se diz em espanhol, ficando atrás dos dois atacantes e efetuando lançamentos.
Na verdade, Maradona sempre joga bem mesmo não jogando, pela preocupação constante que acarreta. É como um jogo de xadrez, onde a ameaça é, muitas vezes, mais importante que a própria execução.
A Argentina está no grupo das favoritas. Pertence àquele grupo especial de seleções, como a brasileira, que não aceitam quedas de produção.

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