São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Sacrifício no jogo marca time alemão

Equipe reúne talentos e experiência

JOHAN CRUYFF
ESPECIAL PARA A FOLHA

O atual campeão do mundo aparece em todos os prognósticos como uma das seleções com maiores chances de chegar à final com êxito.
A Alemanha, vice-campeã nas Espanha (82) e México (86), e campeã na Itália (90), deve manter seu nível na Copa dos Estados Unidos.
A equipe do técnico Berti Vogts tem tudo o que precisa um aspirante ao título: jogadores de grande talento, uma grande capacidade de trabalho e muita experiência internacional.
Vogts começou a trabalhar na mudança de gerações, introduzindo na seleção jovens valores com grande projeção, como Maurizio Gaudino (Eintracht Frankfurt), Stefan Effenberg (Fiorentina) e Matthias Sammer (Borússia Dortmund).
Mas a base de sua equipe continua sendo a de sempre: o goleiro Bodo Illgner (Colônia), os zagueiros Jurgen Kholer (Juventus), Guido Buchwald (Stuttgart), Andreas Brehme (Kaiserslautern), e agora em posição de líbero, Lothar Matthaus (Bayern de Munique).
Os meio-campistas Thomas Hassler (Roma) e Andy Moeller (Juventus), e os atacantes Jurgen Klinsmann (Mônaco) e Karl Heinz Riedle (Borússia Dortmund).
Uma equipe veterana porém, com capacidade para fazer sonhar com o quarto título mundial alemão.
São jogadores de talento, com uma grande capacidade de sacrifício.
Quase todos eles aprenderam a correr e a sofrer na liga mais competitiva do mundo, a italiana, e quase todos eles sabem o que é uma fase final de uma Copa do Mundo.
Isso é fundamental. Por tudo isto, acredito quer a Alemanha vai estar entre as melhores seleções do Mundial norte-americano.
Berti Vogts, que me marcou na final do Mundial de 74, justamente na Alemanha, onde a Holanda perdeu sua única chance até o momento de ser campeã do mundo, imprimiu a esta equipe sua principal virtude como jogador: sacrifício no jogo.
Qualidade, luta e experiência: um bom coquetel para uma equipe que deve ser campeã.

O holandês Johan Cruyff, técnico do Barcelona, tetracampeão espanhol, escreve às terças, quintas e domingos.

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