São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Fisioterapeuta vai tratar de Mozer e Gomes

JOÃO MÁXIMO
DA SUCURSAL DO RIO

Uma nova função está criada na seleção brasileira: o fisioterapeuta. E o homem que a ocupa –Claudionor Delgado, 41– chega com a missão de resolver os dois únicos problemas entre os 22 convocados: Ricardo Gomes e Mozer.
Delgado vem, também, desmentir a crença de que o médico da seleção, Lídio Toledo, não gosta de fisioterapeutas.
Os dois trabalham juntos há 18 anos, embora só em janeiro Delgado tenha sido contratado pela CBF.
O médico, em 26 anos de seleção brasileira, jamais teve um fisioterapeuta ao seu lado, recorrendo aos de sua clínica.
Mas o problema de 1990, na Itália, com Romário valendo-se de terapeuta particular para recuperar-se de uma contusão, levou-o a sugerir o nome de Delgado.
"Os problemas de Ricardo Gomes e Mozer são praticamente os mesmos: síndrome residual pós-meniscectomia", diz Delgado.
Ou seja, um enfraquecimento da musculatura estabilizadora do joelho, em decorrência de operação nos meniscos. Os dois já extraíram essas membranas do joelho direito.
"Primeiro, vamos submetê-los a eletroterapia", antecipa o fisioterapeuta. "Já temos em Teresópolis um aparelho destinado a isso. Na concentração de Los Gatos, nos EUA, usaremos outro aparelho, o Cybex, no qual os jogadores farão exercícios para fortalecer a musculatura dos joelhos", disse.
Segundo Delgado, não há nada de sério com Ricardo Gomes ou Mozer. Tanto Delgado como Lídio Toledo consideram muito boas as condições gerais do grupo.
O médico lembra que, hoje, os problemas são apenas dois –e nenhum deles sério. Ao início dos trabalhos em 1982, havia oito contundidos. Em 1986, 13, entre eles, em situação dramática, Zico.
(JM)

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