São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Sucumbe não faz kilt, xadrez nem listra

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

\<FT:"MS Sans Serif",SN\>Acima, a modelo Geanine Marques em helanca; ao lado, a revelação Petra em shortinho na entrada de bolinhas de plástico; à esq., momento travesseiro
Crédito Foto: Fotos Mujica/Folha Imagem
Vinheta/Chapéu: \<FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>NAS PASSARELAS\</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>
Sucumbe não faz kilt, xadrez nem listra
A marca Sucumbe a Cólera mostrou na segunda-feira em São Paulo sua nova coleção. A apresentação –num palquinho armado no restaurante Café Cancún, em São Paulo, com o público disposto em cadeiras mesmo, estilo palco italiano– foi mais que apenas outro desfile ainda do inverno.
Os estilistas cariocas (radicados em São Paulo) Regis Fadel e Liana Padilha apresentaram nada mais do que suas concepções de moda, com informação sim, mas sem as derrapadas nas tendências internacionais que infestam as vitrines da cidade. Alô, fashion victims: uma coleção sem xadrezes, estampas infantis, kilts, listras esportivas... Não é bom?
Daí, é gostar ou não da moda da Sucumbe a Cólera. São muitas helancas e sintéticos em geral, gerando looks que vão do espacial ao clubber, passando pela máquina do tempo dos 60 e 70. Mistureba? Bom humor.
No desfile, top models, descolados, atores. Em delineadores e cílios postiços demais, talvez. Mais as gracinhas de Camila Pitanga, que foi a Sucumbe que descobriu para o mundo num desfile no Rio. Outra descoberta, deste desfile: a black model Petra –elegante, espontânea, um sucesso.
Mais méritos da marca e do diretor da apresentação, Renato De Cara: resolver bem o drama de desfile em lugares pequenos e de uma coleção de médio porte, ao criar situações em que o uso de acessórios mudava o clima das cenas –bolinhas de plástico, robôs infláveis, travesseiros, corações de pelúcia. Ainda: a Sucumbe reuniu no desfile todas as editoras de moda poderosas da cidade. Haja arruda mesmo, que os modelos distribuíram –bem adequadamente– no início da apresentação.

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