São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Hong Kong deporta menino de 6 anos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um menino de seis anos, que morava em Hong Kong, foi deportado ontem para a China, apesar de seus pais, chineses, viverem legalmente no país.
Oficiais da imigração de Hong Kong disseram que o menino, Hai Ho-tak, é um imigrante ilegal por não ter certidão de nascimento.
Sua condição irregular foi descoberta por autoridades quando seus pais tentaram matriculá-lo na escola.
A mãe da criança afirma que seu filho nasceu em Hong Kong, mas não tem documentos porque seu parto foi feito em casa, por uma parteira.
Ela teve um colapso nervoso ao saber da notícia da deportação. A mãe teria dito, segundo a imprensa local, que prefere morrer a perder seu filho.
Legisladores de Hong Kong fizeram um apelo pela permanência da criança ao governador da colônia britânica, Chris Patten.
O pedido não foi atendido. "Não pudemos reverter a decisão do Departamento de Imigração", disse um porta-voz de Patten.
Segundo ele, a permanência de Hai Ho-tak em Hong Kong seria uma injustiça com outras crianças que estão em situação semelhante.
O porta-voz do governo confirmou que Hai Ho-tak foi conduzido ontem por autoridades até a fronteira com a China.
Os pais da criança afirmaram que não podem acompanhá-lo porque têm que cuidar de outros dois filhos em Hong Kong.
Hai Ho-tak deve ficar com parentes. Sua avó materna, um tio e uma irmã mais velha vivem na China.
As autoridades da imigração afirmaram que ele poderá requerer, na China, a um visto de entrada em Hong Kong para voltar a viver com seus pais.
A mãe do menino viveu como imigrante ilegal em Hong Kong, mas conseguiu em 88 uma autorização para permanecer no país.

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