São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Silêncio e tecnologia definem Palo Alto

Universidade de Stanford troxe prestígio à cidade

MARIO VÍTOR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A cidade de Palo Alto fica na região da Peninsula, a faixa de terra que se estende entre o Pacífico e a baía, ao sul da cidade de São Francisco. Tem cerca de 50 mil habitantes, com escolarização e nível de vida bem acima da média.
A atmosfera é calma, jovial, intelectual e de uma discrição que tangencia a indiferença. Em geral, muito silêncio, limpeza e ar puro. O campus da Universidade de Stanford fica anexo.
A influência da universidade faz com que Palo Alto ocupe posição de relevo no que hoje é conhecido como o vale do silício. São dezenas de cidades que abrigam empresas produtoras de tecnologia, fábricas sem chaminés, nascidas em garagens e galpões residenciais de ex-alunos de Stanford.
Dois deles fundaram a Hewlett-Packard. Junto com os criadores de empresas como a Apple e a Intel, eles doam milhões de dólares à universidade todo ano.
Os herdeiros dos Packard compraram um velho cinema (Stanford Theatre) na avenida principal da cidade. Remodelado, exibe filmes da época de ouro de Hollywood.
A criminalidade é pequena. Na rua, pelas vidraças de escritórios térreos pouco protegidos, passa a luz das telas de computadores.
Nas livrarias (a melhor é a Kepler's, em El Camino Real), o cliente é convidado a sentar e ler. Sebos montam banquinhas nas calçadas. Os restaurantes têm nomes europeus (Café Verona, Osteria).
As montanhas a oeste da cidade costumam ser epicentros de tremores quase sempre moderados, além de terem estradas de pouco tráfego, ocupadas nos fins-de-semana por legiões de ciclistas.

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