São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Número de favelados cresce 34% no Rio
MARCELO MIGLIACCIO
A população favelada no município do Rio cresceu 34% entre 1980 e 1991, segundo dados do Iplan-Rio (Empresa Municipal de Informática e Planejamento), reunidos em anuário estatístico lançado ontem. Com 623 páginas, o anuário reuniu informações de cerca de cem fontes, entre iniciativa privada, órgãos e empresas públicas municipais, estaduais e federais. Em 1980, o Rio tinha 717.066 pessoas vivendo em favelas, num total de 165.275 domicílios. Dados de 91 mostram 962.793 favelados em 239.678 domicílios. Com 130 milhões de metros quadrados de área construída, a capital do Rio apresenta maior concentração a leste, onde estão 79% das construções da cidade. As áreas de maior concentração apresentam decréscimo de população residente. Em Ipanema (zona sul), por exemplo, a população residente diminuiu, mas a transitória –que passa ou trabalha no bairro– aumentou. Em 92, devido à Eco (Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), o número de turistas que entraram no país pelo Rio chegou a 628.339 pessoas. Em 91, esse número havia sido de 158.195 pessoas. Na área de segurança, o anuário mostra que foram registrados pela Polícia Militar 2.309 homicídios em 92. No mesmo ano, foram 157 sequestros, 890 flagrantes de posse de entorpecentes e apenas 26 prisões relacionadas ao jogo do bicho. Também em 92, a Polícia Civil registrou 3.532 homcídios dolosos nas delegacias do município do Rio. A diferença entre os números entre PM e Polícia Civil é porque muitos dos homicídios são registrados apenas nesta última. A taxa de desemprego na capital do Estado cresceu de 3,24 em 87, para 4,03 em dez meses do ano de 92, segundo o anuário. O número de pessoas ocupadas caiu em 53 mil em 93. Na região metropolitana, havia 4 milhões de trabalhadores (40% da população economicamente ativa). A indústria de transformação, com índice de -6,7%, e o comércio, com -1,1%, foram as atividades onde houve maior redução de mão-de-obra ocupada. No campo educacional, o Rio apresenta aumento nas matrículas na rede municipal: 603.276 em 92, contra 589.603 em 90. Texto Anterior: Cônsul do Japão é assassinada em Belém Próximo Texto: Mensalidade vai adotar regra usada para salário Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |