São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 1994
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Estilo aristocrático é mantido até o final

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Até na exigência que fez aos médicos de morrer em casa, Jacqueline Lee Bouvier Kennedy Onassis exibiu a classe aristocrática que marcou sua vida.
Filha de John Bouvier, rico executivo de Wall Street, enteada de Hugh Auchincloss, empresário com uma das maiores fortunas dos Estados Unidos, mulher do presidente John Kennedy e do bilionário grego Aristoteles Onassis, ela sempre viveu nos melhores ambientes possíveis.
Nasceu em Southampton, Estado de Nova York. Estudou em escolas elegantes e de boa qualidade, inclusive a Sorbonne, em Paris.
Seu bacharelado em artes plásticas foi obtido na Universidade George Washington, na capital dos Estados Unidos.
Apesar da riqueza familiar, Jackie, como os americanos a chamam, gostou de trabalhar. Na juventude, foi repórter do diário "The Washington Times Herald".
Na maturidade (desde 1975), editou livros para a editora Doubleday, entre eles o best-seller "Moonwalk", de Michael Jackson.
Ela tinha 24 anos quando se casou em 12 de setembro de 1953 com o então senador John Fitzgerald Kennedy, de 36 anos.
A cerimônia foi celebrada pelo cardeal Richard Cushing. O papa Pio 12 enviou bênção ao casal.
O casamento com Kennedy pode não ter sido dos mais felizes. Ele era conhecido por seus casos com várias mulheres. Mas o casal era bonito, inteligente e conquistou o coração de milhões de pessoas pelo mundo.
Sua imagem ao lado do marido em 22 de novembro de 1963, quando ele foi assassinado em Dallas, Texas, é uma das mais famosas da história.
Em 1967, ela surpreendeu os americanos ao casar-se com Onassis, 23 anos mais velho. Ele morreu em 1975. Ela viveu discretamente em Nova York.
Jackie tem dois filhos: Caroline, 37, curadora de arte, casada com o projetista Edwin Schlossberg, com quem tem três filhos, e John Jr., 34, promotor público, solteiro, classificado pela revista "People" como "o homem mais sexy dos Estados Unidos".

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