São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994
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Sindicatos pagam mais para cobir déficit

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A 5º Congresso Nacional da CUT deve aprovar hoje o aumento das contribuições dos sindicatos à central. Segundo o tesoureiro da CUT, Kjeld Jakobsen, a idéia é passar dos atuais 5% do total faturado pelas entidades de base para 8% em 1995, 9%, em 1996 e 10% em 1997.
"Precisamos de mais recursos para investimentos, para acabar com o déficit de cerca de US$ 200 mil com o Sindicato dos Bancários de São Paulo e para gerenciar o nosso caixa com mais facilidade", disse Jakobsen.
A sede da CUT Nacional São Paulo, no Edifício Martinelli, centro de São Paulo, é alugada junto ao Sindicato dos Bancários por US$ 5 mil por mês.
Segundo Jakobsen, não há dívidas da central com bancos ou quaisquer instituicões financeiras.
O patrimônio da CUT, ainda de acordo com Jakobsen, é de US$ 1,1 milhão: sedes próprias em Brasília e Acre, uma escola sindical em Belo Horizonte, cerca de 20 microcomputadores distribuídos pelo Brasil e móveis. O orçamento da CUT em 1993 foi de US$ 5,3 milhões.
"A CUT Nacional precisa de sede própria em São Paulo", disse Jakobsen.
Os recursos a mais a serem arrecadados, também devem servir, de acordo com ele, para a criacão de um fundo de solidariedade para campanhas, auxílio a sindicatos pobres e ao movimento sindical internacional.
A proposta de aumento das contribuicões, feita pela executiva da central, prevê que os sindicatos não mais contribuirão diretamente com confederações e federações.
O dos bancários, por exemplo, paga 1% de suas arrecadacões à Confederacão dos Bancários e 2,5% à Fetec (Federação Estadual dos Trabalhadores em Empresas de Crédito).
Pela proposta da executiva, a CUT repassaria esses recursos às federações e confederações.
"Isso alivia um pouco os sindicatos do peso do aumento das contribuicões às CUT", afirmou ele.
Hoje a inadimplência dos sindicatos com a CUT chega a US$ 1 milhão. A central tem 2.300 sindicatos filiados.

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