São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Romário promete evitar polêmicas

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Romário mandou um recado à comissão técnica e a seus colegas de seleção na chegada ao Rio, ontem de madrugada. Ele disse que não veio conversar, "mas treinar e jogar bola".
Desta forma, ele respondeu a uma pergunta sobre supostas desavenças com seus colegas de ataque, Bebeto, Muller e Ronaldo.
Romário chegou irritado ao Aeroporto Internacional do Rio (zona norte), vindo de Madri. O avião aterrissou às 4h. Só uma hora depois o atacante do Barcelona deixou o saguão interno do aeroporto.
A Receita Federal foi rigorosa no exame da bagagem do jogador, de sua mulher Mônica, do cunhado Marcelo e dos filhos Mônica, 4, e Romário, nove meses.
As malas e bolsas que lotavam três bagageiros foram revistadas de modo minucioso pelos funcionários da alfândega. Nada de irregular foi encontrado na vistoria.
Romário disse que não sabia ainda quando iria se apresentar à seleção, reunida desde quarta-feira na concentração da granja Comary, em Teresópolis (a 90 km do Rio, na região serrana).
"Vou chegar em casa e telefonar para o Parreira. Estou à disposição da CBF (Confederação Brasileira de Futebol)", afirmou o centroavante, último jogador que faltava para completar o grupo de 22 convocados pelo técnico Carlos Alberto Parreira.
Romário não demonstrou interesse em saber das críticas que a seleção vem recebendo nem com a greve de silêncio adotada por Branco e Bebeto durante dois dias.
"Vim para jogar bola. Não sou advogado nem padre. Não gosto nem de conversar. Eu tenho que treinar e jogar bola. Vamos deixar o pessoal trabalhar em paz", disse.
A possibilidade de o atacante Ronaldo se transferir do Cruzeiro para o Ajax, da Holanda, não interessa Romário, que durante três anos defendeu o PSV Eindhoven, time holandês.
Romário disse que não é "conselheiro para dar orientações a Ronaldo", que tem 17 anos.
Guerra
A goleada que o Barcelona, time espanhol em que Romário atua, sofreu na quarta-feira para o Milan por 4 a 0, na final da Copa dos Campeões da Europa, serviu, para o atacante como amostra de como será marcado na Copa.
O centroavante disse que o Mundial "é guerra". Para ele, os jogadores brasileiros serão sempre mais marcados que os demais.
No jogo contra o Milan, Romário foi marcado por até quatro adversários. "O que aconteceu nesta partida é o que temos que esperar no Mundial", afirmou ele.

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Sobre seleção brasileira nas págs. 3 e 4

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