São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994 |
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Parreira doutrina time com audiovisual
MARIO MAGALHÃES; JOSIMAR MELO; SÉRGIO TORRES
Crédito Foto: Pisco Del Gaiso/Folha Imagem Observações: COM SUB-RETRANCA Selo: COPA-94 Assuntos Principais: SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, 1994 Parreira doutrina time com audiovisual Vídeos, slides, gráficos com táticas e muita conversa são as armas do técnico Carlos Alberto Parreira para doutrinar os jogadores da seleção em palestras noturnas diárias até o final da Copa do Mundo dos EUA. Ele vai começar as "aulas" na quinta-feira em Los Gatos, cidade da Califórnia (costa oeste dos Estados Unidos), onde o Brasil ficará hospedado na maior parte do tempo durante o Mundial. Um vídeo mostra vários gols marcados a partir de cobrança de escanteio. O treinador quer orientar a colocação dos jogadores em escanteios a favor e contra. Levantamento feito por ele revela que a maioria dos gols em escanteios é feita em cobranças no primeiro pau –ou seja, perto da trave mais próxima do canto de onde a bola é cruzada. Parreira levará parte de sua coleção de slides para "ensinar" ao time o que quer e o que não quer. Há 24 anos o técnico tem o hábito de fotografar jogos. Ele fica na parte mais elevada dos estádios para fotografar planos gerais, com o posicionamento de muitos jogadores. Assim, estuda sistemas e táticas. Sistema é a disposição da equipe. O Brasil joga com o sistema 4- 4-2 –sem contar o goleiro, quatro defensores, quatro meias e dois atacantes. Tática é a função definida para cada jogador nas tarefas de defender e atacar. Parreira não exibe aos jogadores slides usados em seus cursos sobre a evolução do futebol, mas principalmente fotos de times marcando os adversários. Ele vai mostrar insistentemente vídeo com imagens da vitória do Brasil contra o Uruguai por 2 a 0 em setembro do ano passado, último jogo da seleção pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Naquela partida, no Maracanã (Rio), o Brasil realizou sua melhor atuação nas eliminatórias, vencendo com dois gols do atacante Romário, do Barcelona. "Tudo o que preciso nessas conversas de 30 minutos por noite é mentalizar os jogadores para repetirem no Mundial a atuação contra o Uruguai." "Se conseguirmos isso, não perdemos a Copa de jeito algum", acrescentou o técnico. Além das aulas com o uso de equipamento audiovisual, a seleção também fará treinos secretos nos EUA. A decisão foi anunciada por Parreira anteontem. Entrevista Parreira disse na sexta-feira, em entrevista em inglês a uma emissora de televisão romena, que o objetivo brasileiro é chegar à final. "Não conseguimos isso desde 1970. A partir daí, vamos querer o tetracampeonato." Além de brasileiros, há jornalistas romenos, suecos, portugueses, franceses, ingleses, uruguaios e holandeses fazendo a cobertura jornalística da seleção em Teresópolis. (MM, JM e ST) Texto Anterior: Bandeirantes mostra o vôlei Próximo Texto: Silva ignora plano de sequestro Índice |
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