São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Cristiana Oliveira ressurge das lágrimas

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Cristiana Oliveira, 30, voltou à TV em "Memorial de Maria Moura" um ano depois de esgotar seu estoque de lágrimas vivendo Paloma em "De Corpo e Alma". "Foi um afastamento intencional, para estudar e evitar a superexposição", explica a atriz, que agora é Marialva na nova minissérie da Rede Globo.
Prima distante de Maria Moura (Glória Pires), Marialva ainda vai sofrer muito nas mãos dos irmãos canalhas –Irineu (Otávio Muller) e Tonho (Ernane Moraes)–, antes de encontrar seu caminho. "A história toda é muito dura, mas a Marialva representa uma parte mais leve da minissérie".
As coisas começarão a melhorar para a personagem quando ela se encantar pelo circo –mais especificamente pelo trapezista Valentim (Jackson Antunes). Com suas lentes de contato verdes e cabelos clareados, ela fará um par em perfeita sintonia cromática com o ex-pistoleiro de "Renascer".
Crica, apelido da atriz, anda se bastando a si mesmo. Separada há alguns meses do galã Fábio Assunção, ela recorre ao chavão "casada com o trabalho" para explicar seu atual momento.
Depois das cansativas gravações, curte a filha Rafaela, 6, de seu primeiro casamento, que está aprendendo a ler. Tem tempo, e fôlego, ainda para 400 exercíos abdominais diários.
"Descobri que tenho prazer em estar só. Há dez anos não ficava solteira e estou muito bem", afirma. A prova da nova fase pode estar nas mudança da decoração de seu apartamento, agora com móveis comprados durante o período de gravações em Tiradentes (MG). Aos homens que a assediam constantemente, não dá esperanças imediatas. "Não estou procurando".
A filha, carente de mais tempo com a mãe, já lhe pediu para abandonar a profissão, mas Cristiana nem negocia. Depois da minissérie, vai tirar umas férias já de olho em sua próxima empreitada: produzir uma peça com a colega Clarisse Niskier, atriz com quem parece ter descoberto uma parceria perfeita no palco.
Televisão novamente, só em 95, garante. "Vou estudar textos para montar. É importante se reciclar", diz a atriz, que nos intervalos das gravações percorre o Brasil com a peça "Tróia", onde surge como Helena para breves e intensos oito minutos de aparição.

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