São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 1994
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Homenagem na igreja tem lágrimas e bandeiras

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

Muitas pessoas choraram do lado de fora da igreja onde foi rezada a missa em homenagem a Jacqueline Kennedy Onassis ontem pela manhã.
A maioria era composta de pessoas idosas, que acompanharam a trajetória da primeira-dama desde o seu casamento com o presidente John F. Kennedy.
Várias pessoas seguravam bandeiras dos Estados Unidos e dividiam rádios portáteis com outros para ouvir o que se passava dentro da igreja.
As maiores redes de televisão dos EUA transmitiram o áudio da missa ao vivo.
Toda a região em volta da igreja foi bloqueada pela polícia e muitos seguranças da primeira-dama Hillary Clinton, presente à cerimônia, circulavam pelo local e vigiavam os prédios em frente.
"Gostaria muito de estar lá dentro. É uma linda homenagem para uma linda mulher", disse Mary Loffer, 59, que acompanhava a missa pelo rádio.
Dentro da igreja, o padre George Bardes pronunciou o nome de Jacqueline no modo francês, "porque era assim que ela gostava". Havia vários representantes da mídia francesa entre os jornalistas que estavam do lado de fora.
Ao final da cerimônia, John Kennedy Jr. e Caroline Schlossberg, filhos de Jacqueline foram os primeiros a sair acompanhados da primeira-dama Hillary Clinton e do senador Edward Kennedy.
O ator Arnold Schwarzenegger, há alguns anos amigo da família Kennedy, saiu logo depois. O mesmo cortejo de limosines que levou os familiares e amigos de Jacqueline de seu apartamento na 5ª Avenida até a igreja, a seis quadras de distância, os levou embora ao final da missa.
No caminho entre o prédio e a igreja, o caixão de Jacqueline, decorado com folhagens verdes e flores brancas, foi conduzido por um carro funerário da empresa Frank Campbell. O caixão foi carregado o tempo todo por funcionário da companhia.
(FCz)

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