São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 1994 |
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Ataque pessoal foi ênfase no 1º debate
JOÃO BATISTA NATALI
O debate foi interrompido por decisão da Justiça Eleitoral, porque dele não participava Francisco Rossi (PDT), ainda não homologado por seu partido em convenção. O Luiz Antônio de Medeiros (PP-PPR), Mario Covas (PSDB), José Dirceu (PT) e Barros Munhoz (PMDB) confrontaram-se das 7h30 às 8h50 nos estúdios da Tupi. Nenhum deles insistiu em suas propostas administrativas. Perderam a ocasião de fazê-lo com uma audiência assegurada por uma cadeia de 36 emissoras. "O PSDB se aliou ao fisiologismo e à corrupção", disse José Dirceu, ao mirar em direção a Covas. "Minha indignação é pela desagregação do Estado nestes últimos oito anos", disse Covas, ao procurar atingir o PMDB de Munhoz. "Covas e Munhoz são farinha do mesmo saco", disse Medeiros. São estes alguns dos exemplos literais de adversários que aparentemente só concordavam com a hipótese de os ouvintes se contentarem com esteriótipos. Medeiros procurou bater na tecla do regionalismo patriótico. Uma de suas frases: "São Paulo é o coração do Brasil, nasceu para comandar, para dirigir." O candidato da coligação PP-PPR também caiu em duas armadilhas. Não respondeu à pergunta sobre quanto custava um pão com manteiga e saiu pela tangente quando indagado sobre sua política tecnológica. Munhoz tomou Covas como representante do plano econômico e o utilizou, tanto quanto Medeiros, para argumentar que a URV prejudicou os assalariados. Covas quis atingir José Dirceu e foi infeliz ao confundir Luiza Erundina com Paulo Maluf e afirmar que os ônibus subiram duas vezes mais que a inflação na administração do PT. José Dirceu foi também infeliz ao tentar diminuir Covas por estar no palanque com o PFL. Covas respondeu que subiu em 1989 no palanque de Luiz Inácio Lula da Silva e não daria também, sobre isso, satisfações a ninguém. Texto Anterior: Itamar nega aumento de 28% para servidor Próximo Texto: PMDB abala aliança de Covas no interior Índice |
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