São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 1994 |
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Reformar roupa é opção para o frio
ALESSANDRA BLANCO
Transformar antigos casacos em jaqueta e minissaia ou 15 gravatas em um colete são apenas algumas dicas dos especialistas em consertos de roupas. A estilista Marion Kopel, proprietária do Reformatório de Roupas, diz que o número de pessoas procurando ajustes e reformas de roupas aumentou em até 300% com a chegada do frio nas últimas duas semanas. Erovan Tadeu da Silva, administrador da Herô Costureiras, diz também que na mudança de estação a procura por reformas quase triplica. A Herô Costureiras, com quatro lojas em São Paulo, reforma cerca de mil peças de roupas por mês. Nos meses de maio e junho, chega a reformar 2.500 peças. "As pessoas vão olhar seus guarda-roupas e percebem que suas roupas estão fora de moda, apertadas ou largas", disse. As tradicionais oficinas de reformas fazem desde os mais simples consertos, como trocar um zíper, um botão, alargar e apertar roupas, até serviços totalmente artesanais como o cerzido invisível. Segundo a proprietária do Bazar Assumpção, Vânia Assumpção, o cerzido invisível pode ser feito tanto em pequenos furos no tecido, como em rasgos maiores. A técnica consiste em tirar da mesma peça de roupa um pedaço de tecido e depois trançar esse tecido, fio por fio, no local rasgado. Vânia também tem uma técnica para aumentar casacos apertados. "Tiramos tiras da parte de dentro do casaco e alargamos a peça com emendas", disse. O "aumento" das roupas é garantido pelos estilistas com pedaços de couro, carmuça ou bordados, que viram "detalhes". A estilista Jusy Nogueira Cazarré não faz consertos e trabalha só com restauração de roupas. Com algumas gravatas antigas misturadas a um pouco de veludo ou pelica, Jusy faz um casaco. Um casaco de pele desgastado também pode ganhar um novo visual com aplicações de veludo e bordados com seda. No entanto, Marion afirma que a maioria das pessoas está mais interessada nos ajustes. "Elas querem apertar a cintura, trocar golas de casacos ou diminuir tamanhos de saias e calças." Segundo Antonio Carlos Parisi, um dos donos da João Grêlo Atelier, as grandes reformas só são feitas em tecidos de qualidade, como cashmere, lã, seda ou crepe. "Mas só se a costura anterior não tiver deixado marcas", diz. Texto Anterior: Empresário é baleado na cabeça na via Dutra; Polícia lança serviço de denúncias por telefone; Abdiel Rabelo diz que fugiu pulando janela; Presidente da Câmara é acusado de mentiroso; Sindicato do DER apóia investigação em pedágio Próximo Texto: Peças básicas não saem de moda Índice |
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