São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 1994
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Telê renova com São Paulo até dezembro

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Telê Santana renovou ontem seu contrato com o São Paulo e permanece no clube até o final do mês de dezembro.
Na reunião, que durou menos de uma hora no CT da Lapa, a principal exigência de Telê foi a participação mais "ativa" da diretoria nas brigas contra a arbitragem.
"Agora não estou mais sozinho para resolver estes problemas. Espero que a diretoria me dê todo o respaldo.
Márcio Aranha, diretor de futebol, concorda com o técnico e adverte. "Agora, espero que ele não se preocupe mais com problemas administrativos", afirmou.
Durante toda a disputa do Campeonato Paulista, Telê teve desentendimentos com vários árbitros e disse ser vítima de um "complô".
O treinador são-paulino pretende trazer sua família, que atualmente mora no Rio, para São Paulo. Telê mora no centro de treinamento.
Se cumprir seu contrato até o fim, Telê completa quatro temporadas na direção do São Paulo, no próximo mês de outubro.
Na história do clube, apenas o técnico Joreco –que dirigiu o time de janeiro de 1943 a outubro 47– ficou por um período contínuo maior que Telê.
Vicente Feola, que também dirigiu a seleção brasileira nas Copas do Mundo de 58 e 66, lidera com doze anos.
Mas Feola passou por cinco períodos no São Paulo. De 37/39, de 41/42, de 47/50, de 55/56 e em 59.
Telê teve uma passagem rápida pelo São Paulo em 73.
Durante o período em que Telê dirige o São Paulo, Corinthians e Palmeiras já fizeram várias trocas de técnico.
No Palmeiras, atual bicampeão paulista e brasileiro, a "dança de técnicos" foi muito intensa, principalmente no período sem títulos (76 a 93).
Paulo César Carpeggiani, campeão mundial com o Flamengo em 81, aguentou poucos meses no cargo.
Nelsinho Batista ficou de 91 a meados de 92. Otacilio Gonçalves conquistou o vice-campeonato paulista em 92 e se despediu. Em seguida veio Luxemburgo.
No Corinthians a "dança" foi maior. Em quase quatro anos, oito foram as trocas de técnicos.
Nelsinho, Carlos Alberto Silva (ambos por duas vezes), Cilinho, Basílio, Mário Sérgio e Afrânio Riul se revezaram. E mais uma troca está por acontecer.

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