São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Casal é mantido refém em assalto

Ladrões invadem casa na zona sul de SP

<FT:"MS SANS SERIF",SN>MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O comerciante Mário Roberto de Araújo Lira, 43, e sua mulher, a administradora de empresa Dolores Molina Fidalgo Lira, 37, foram mantidos ontem como reféns por uma hora e meia por dois ladrões que invadiram seu sobrado.
A PM cercou a casa na rua Baxiúva, na Chácara Flora (zona sul de São Paulo).
Três helicópteros, atiradores de elite e policiais militares e civis participaram do cerco. Os assaltantes se entregaram após a chegada de um advogado e de um juiz no sobrado.
A ação dos ladrões começou às 12h. Tocaram a campainha da casa, disseram que eram funcionários da Sabesp e pediram para ler o relógio d'água.
O comerciante abriu o portão e foi rendido pelos dois. "Eles disseram que queriam dinheiro e que estavam com fome."
Em seguida, os assaltantes tentaram tranquilizá-lo afirmando que não eram estupradores e que não "mexeriam com ninguém da casa".
A empregada do comerciante percebeu o assalto e levou o telefone sem fio para Dolores. Ela, que estava tomando banho, ligou para sua mãe, que avisou a PM.
Cinco minutos depois, os policiais chegaram. Joseval da Silva Santos, 31, teria se apresentado como o dono da casa e dito aos policiais que nada estava acontecendo no sobrado.
Mas um policial entrou no quintal da casa e viu Dolores sendo agarrrada pelo pescoço por Romualdo Xaviel Correia, 21. Ele teria dito que, se o PM entrasse na casa, mataria Dolores e o policial.
Os policiais negociaram com os assaltantes, que resolveram soltar as três filhas do casal e a empregada. Correia e Santos mantiveram Lira e Dolores no quarto do casal como reféns e pediram a presença de um juiz e um advogado.
Após essa exigência ser atendida, Santos atirou a única arma que a dupla levava, um revólver calibre 38, pela janela.
O casal foi libertado e, em seguida, os ladrões deixaram o quarto. "Ele só manteve a arma apontada para minha cabeça, mas não me deu sequer um pisão no pé", afirmou Lira.
(Marcelo Godoy)

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