São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Boutros-Ghali diz que atuação da ONU em Ruanda é um "fracasso"

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali afirmou ontem em Nova York que a resposta dada pela ONU e comunidade internacional ao conflito de Ruanda é um "fracasso".
Boutros-Ghali foi questionado sobre a falta de tropas no país e a lentidão do Conselho de Segurança da ONU em fazer cumprir suas decisões.
O Conselho aprovou há uma semana o envio de 5.500 soldados para o país, mas as tropas ainda não foram enviadas.
"Genocídio está sendo cometido, mais de 200 mil pessoas foram mortas e a comunidade internacional ainda discute o que deve ser feito", afirmou Boutros-Ghali.
Estimativas de agências humanitárias afirmam que 500 mil pessoas podem ter morrido desde o início da guerra civil em Ruanda, em 6 de abril.
A Comissão de Direitos Humanos da ONU aprovou ontem por unanimidade uma resolução condenando a violência em Ruanda.
Um professor de Direito da Costa do Marfim foi nomeado para investigar as mortes em Ruanda.
O enviado da ONU a Ruanda, Iqbal Riza, retornou ontem a Kigali. Ele negociou com representantes do governo e guerrilheiros e disse que está otimista em relação à adoção de um cessar-fogo.
Uma organização ambiental africana denunciou que homens invadiram um parque nas montanhas de Ruanda, e mataram um número não determinado de gorilas.
Para ficarem mais seguros, os animais subiram a uma altura de mais de 3.000 metros e, por causa disso, filhotes estão morrendo com problemas pulmonares. Restam cerca de 200 gorilas no país.

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