São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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Melhor de Cancún não está em suas praias

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
DA ENVIADA ESPECIAL AO CARIBE MEXICANO

Há 20 anos, Cancún era apenas um pequeno e primitivo povoado de pescadores no extremo oeste do golfo do México. Inacessível, guardava a sete chaves seu maior tesouro: uma água azul-turquesa maravilhosamente selvagem.
Na última década, o governo mexicano investiu pesado e autorizou a construção de mais de 50 hotéis cinco estrelas na ilha. Hoje não há um brasileiro que não tenha ido ou esteja pensando em ir para Cancún. É um fenômeno turístico.
Mas que ninguém se iluda com essa ilha da fantasia. Cancún, na verdade, não chega aos pés das praias mais selvagens do Nordeste brasileiro. O arquipélago de Fernando de Noronha (PE), Jericoacoara (CE) e Morro de São Paulo (BA) são apenas alguns exemplos.
O melhor de Cancún está bem fora de seu perímetro urbano: Chichén-Itzá (179 km) e Tulum (130 km), sítios arqueológicos, e Xel-Ha (117 km) e Xcaret (70 km), lagoas e rios subterrâneos.
O melhor a fazer quando se tem pouco tempo em Cancún (caso dos cruzeiros marítimos) é desembarcar cedo, pegar um ônibus (menos de US$ 5/CR$ 8.400,00, ida e volta, mas com horários irregulares) ou um táxi (US$ 120/CR$ 201 mil para quatro passageiros) e seguir para uma das ruínas maias.
Se puder, opte por Chichén-Itzá ("a cidade dos bruxos d'água") –a entrada custa US$ 4,5 (CR$ 7.560,00). Comece com uma escalada –heróica (são 91 degraus extremamente íngremes)– até o cume do Templo Kukulkán.
Só de lá é possível ter uma nocão da dimensão desse conjunto dos séculos 600-900 d.C., uma das maiores heranças das civilizações maia e tolteca.

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