São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 1994
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Índices das Bolsas de Valores perdem fôlego

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DA REDAÇÃO

O mercado de Certificados de Depósito Bancário registrou ontem baixo volume de negócios.
Ao alongar o prazo dos CDBs prefixados de 30 dias para 90 dias, a partir de segunda-feira, o governo colocou uma pá de cal neste mercado.
Poucos administradores de carteiras acreditam que os investidores deixarão o dinheiro aplicado por 90 dias.
A tendência é os investidores deixarem o dinheiro aplicado nos fundos de commodities, que possibilitam a retirada com rendimento após 30 dias.
Os administradores dos fundos de investimento deverão preferir os CDBs de 30 dias corrigidos pela Taxa Referencial (TR) aos papéis prefixados de 90 dias.
O mercado do dólar comercial teve ontem duas correções de câmbio, por causa de feriados em Nova Yorque e em Londres na próxima segunda-feira.
Os negócios com dólar no paralelo estiveram agitados. Há a procura pela moeda norte-americana, por causa da insegurança com a liderança de Lula nas pesquisas eleitorais e com as aplicações financeiras na troca da moeda para o real.
O Banco Central controlou o mercado cambial através de três leilões de venda no mercado flutuante.
As Bolsas de Valores continuaram em alta ontem. O índice da Bolsa paulista subiu 1,7% e o da Bolsa carioca (Senn) valorizou-se 1,4%.
O volume de negócios na Bolsa paulista foi de US$ 232,8 milhões, contra US$ 231,9 milhões no dia anterior. O mercado trabalha na expectativa de resultados de pesquisas eleitorais.
O governo retira hoje dinheiro da economia com Notas do Tesouro Nacional (NTNs) indexadas pela Taxa Referencial e câmbio.
Os papéis indexados pela TR terão prazos de 3, 12 e 24 meses e títulos corrigidos pelo câmbio com prazo de 24 meses.
(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,576% no dia 24, projetando rendimento para o mês de 41,18%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,17% e 54,35% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 47,5842%. CDBs prefixados negociados ontem: de 9.000% a 9.400% ao ano para 32 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 28% a 29% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,35% a 55,50% ao mês. Para 32 dias (capital de giro): de 9.100% a 9.500% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 4,8750%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,7%, fechando com 23.421 pontos e volume financeiro de CR$ 422,14 bilhões, contra CR$ 406,79 bilhões no dia anterior. Rio: elevação de 1,4% (I-Senn), fechando com 89.220 pontos e volume financeiro de CR$ 65,24 bilhões, contra CR$ 72,50 bilhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.753,46 pontos, com queda de 1,84 ponto. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou a 2.392,30 pontos, com queda de 6,10 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.495,80 pontos, com queda de 167,83 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.812,50 (compra) e CR$ 1.813,00 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.754,01 (compra) e CR$ 1.754,03 (venda). "Black": CR$ 1.765,00 (compra) e CR$ 1.790,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.750,00 (compra) e CR$ 1.758,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.710,00 (compra) e CR$ 1.770,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,92%, fechando a CR$ 21.930,00 o grama na BM&F.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,5103 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6438 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,15 ienes ontem.
A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York foi cotada a US$ 383,80, contra US$ 386,60 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 48,09% para maio e de 48,04% para junho.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 44,15%, contra 44,16% no dia anterior.
O índice futuro do índice da Bolsa paulista para junho fechou com 29.700 pontos, o que projeta lucratividade de 42,80%.

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