São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994 |
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Comprar empresa é só para "expert"
DENISE CHRISPIM MARIN
Profissionais de finanças, raros no mercado, se especializam no milionário negócio das aquisições Os negócios de compra e venda de empresas e de privatização de estatais acentuaram a necessidade dos bancos manterem em seus quadros verdadeiros "experts" no assunto. Esses especialistas integram os times da área de "corporate finance" e tornaram-se profissionais estratégicos nos bancos de investimentos desde o final dos anos 80. Instituições como os bancos Chase Manhattan, Pactual e Pontual se concentram na oferta de produtos financeiros para pessoas jurídicas e na gestão de caixas de empresas e fortunas. Os executivos de "corporate finance" são responsáveis por "farejar" empresas cujas negociações possam resultar em alta rentabilidade e riscos mínimos. Respondem, portanto, pelo sucesso –ou fracasso– de operações que envolvem investidores e centenas de milhões de dólares. O cliente desse profissional pode ser o próprio banco onde trabalha –interessado em adquirir, individualmente ou em parcerias, empresas do setor produtivo. Também podem ser organizações ou aplicadores reunidos em fundos de investimentos. De qualquer forma, a transação passa sempre por esses profissionais. "É um executivo raro no mercado, com capacidade de entender todas as operações e áreas de um banco", afirma Alfredo Assumpção, 43, sócio da Tasa do Brasil. Segundo o professor de finanças Antônio Sanvicente, 47, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, os brasileiros são hábeis na negociação das empresas e criativos. "Mas precisam estudar mais as técnicas de avaliação das companhias", diz Sanvicente, que também dá aulas a trainees no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais. Próximo Texto: Salário é de 500 mil URVs/ano Índice |
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