São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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Coréia do Norte desafia a ONU

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo da Coréia do Norte impediu a inspeção de uma usina nuclear por técnicos da Organização das Nações Unidas, comunicou ontem a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que faz parte da organização.
A recusa alimenta suspeitas de que o país tenha produção secreta de armas nucleares.
O momento da recusa coincide com relatos, pela imprensa japonesa, de que a Coréia esteja preparando testes de um míssil nuclear de longo alcance, capaz de atingir cidades na Coréia do Sul e Japão.
A Coréia do Norte chegou a se retirar da AIEA no ano passado por recusar inspeções, o que aumentou a tensão na península coreana. A comunidade internacional tem tentado pressão pacífica, já que a China se opõe a sanções à Coréia comunista.
O Conselho de Segurança da ONU pode emitir um ultimato para que a Coréia do Norte permita as inspeções. Se desrespeitado, a ONU estudará impor sanções.
A Coréia do Norte nega que esteja fabricando armas nucleares e afirmou que eventuais sanções equivaleriam a um ato de guerra.
Os técnicos da AIEA querem inspecionar os recipientes de combustível usado do reator de Yongbyon. A vistoria pode determinar se recipientes com plutônio foram retirados da usina para a fabricação de armas nucleares.
Blix disse que o combustível usado está sendo descartado a um "ritmo muito rápido".
Cerca de 3.000 dos 8.000 cilindros contendo o combustível usado já teriam sido removidos.
A AIEA quer que a Coréia do Norte feche o reator ou siga um procedimento que preserve 300 cilindros específicos para a vistoria.

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