São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994 |
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Sítio melhora qualidade do kiwi com novo manejo
ENIO MACHADO
Pioneiro na produção do tipo "Hayward" no país, o sítio colheu este ano 18 mil quilos da fruta. O sistema mistura adubos químicos e orgânicos, sendo que os orgânicos predominam. Segundo o engenheiro agrônomo Emerson Steinberg, que acompanha a plantação, isto proporciona melhor sabor e textura ao kiwi. Também é utilizado o manejo integrado de pragas e doenças. O uso de produtos químicos para o combate de pragas só é feito quando existe risco de prejuízo. "A maioria dos produtores utiliza um coquetel de inseticidas semanalmente como prevenção." Steinberg, que cultiva a variedade "Hayward", diz que a maioria dos produtores de kiwi optam pela variedade "Bruno". "A Hayward é mais arredondada e a Bruno mais alongada", diz o agrônomo. Há também uma pequena diferença de gosto. A "Hayward" tem sabor mais adocicado do que a Bruno, mais ácida. A administradora do sítio, Maria Lúcia da Silva, 33, diz que a plantação do kiwi foi feita há cinco anos. A produção começou em 93. "O kiwi só começa a produzir mesmo depois de sete anos", afirma. O sítio tem 3.000 pés de kiwi plantados em 27 mil metros quadrados. O sítio está situado a 1.700 metros de altitude, próximo ao Horto Florestal de Campos do Jordão. "O kiwi precisa de 240 horas de frio por ano", afirma Maria Lúcia. A marca da fruta produzida pelo sítio Montanha Azul é Tropikiwi. A comercialização é feita principalmente em São Paulo. A fruta tem origem chinesa e foi introduzida no país há cerca de dez anos. O kiwi é ainda produzido nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na América do Sul, o maior produtor é o Chile. No mundo, os líderes de produção são a Itália e a Nova Zelândia. O proprietário do sítio, Flávio Derdyk, diz que a produção ainda não deu lucro. Segundo ele, o investimento é alto e o retorno demora pelo menos cinco anos. Derdyk investiu cerca de US$ 100 por muda. Ele tem 3.000 mudas plantadas. O valor inclui sistema de irrigação, energia elétrica e gastos com funcionários. Texto Anterior: A força do cooperativismo Próximo Texto: Preço do suíno não cobre nem o custo Índice |
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