São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994 |
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País adere a tratado de Tlatelolco após 24 anos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinou ontem no México a adesão do país ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, mais conhecido como tratado de Tlatelolco.Assinado em Londres, Moscou e Washington em 1º de julho de 1968, o tratado entrou em vigor no dia 1º de março de 1970. Cada Estado militarmente nuclear, parte do tratado, se compromete a não transferir para os demais países armas nucleares de qualquer tipo ou outros artefatos explosivos nucleares, assim como o controle sobre tais armas. Também se comprometem a não assistir Estados que não dominam esta tecnologia a adquirir ou controlar tais armamentos ou explosivos. Os países militarmente não-nucleares (como o Brasil), por sua vez, se comprometem a não receber transferência de armas ou explosivos nucleares nem a procurar assistência para este fim. Os países-membros do tratado podem desenvolver pesquisa, produção e uso de energia nuclear para fins pacíficos. Cada país é fiscalizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea, com sede em Viena, Áustria). Com a assinatura, o país dá garantias à comunidade internacional de que não vai fabricar armas nucleares. Brasil não tinha assinado o tratado até hoje por considerar que ele restringia sua soberania e sua capacidade de desenvolver tecnologia na área nuclear. Em contrapartida, o país encontrava dificuldades para conseguir a transferência de tecnologia do exterior. Com a adesão ao tratado, esses obstáculos desaparecem. A desconfiança anterior se devia ao fato de o Brasil e de Cuba serem os únicos países do mundo fora do TNP. Texto Anterior: Ministro estuda limite para o cheque especial Próximo Texto: Presidente vai a inauguração e rebate críticas Índice |
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