São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994
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Governo emite títulos públicos em URV

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DA REDAÇÃO

O governo anunciou megaleilões de títulos públicos para hoje. Haverá a emissão das Notas do Tesouro Nacional com correção pela Unidade Real de Valor (URV).
Os papéis devem lastrear as carteiras de fundos de renda fixa curto prazo em URV. Esses títulos terão prazo de 29 dias.
Hoje deverá ocorrer também a emissão em leilão de Letras Financeiras do Tesouro com prazos variando entre 273 dias e 457 dias; além do tradicional leilão de Bônus do Banco Central (BBCs).
O governo vai procurar retirar dinheiro da economia com os leilões e cobrir vencimentos de títulos amanhã de US$ 8,2 bilhões.
Houve poucos negócios no primeiro dia de emissão de Certificado de Depósito Bancário de prazo prefixado de 90 dias.
Alguns grandes bancos não quiseram operar com os CDBs prefixados. A previsão para os próximos três meses é um tiro no escuro. As taxas médias –dos poucos negócios– ficaram em 550% ao ano (o equivalente a 60,5% para o período de 91 dias).
Os CDBs mais negociados foram os corrigidos pela Taxa Referencial. As taxas médias ficaram em 14% ao ano mais TR.
Em algumas instituições, os juros chegaram a 17% ao ano mais correção pela Taxa Referencial. Quem obteve juro de 15,06% ao ano conseguiu a integridade dos juros propiciados pelo mercado de Certificado de Depósito Interfinanceiro.
Os juros dos CDBs corrigidos pela URV estiveram entre 23% ao ano e 40% ao ano.
O mercado do dólar comercial teve cotações estáveis em relação à última sexta-feira, por causa do feriado em Nova York.
O Banco Central balizou as cotações através de cinco leilões: três no mercado do dólar flutuante e dois no comercial.
O índice da Bolsa paulista registrou alta de 3,3% e o da congênere carioca (Senn) de 3,1%.
O mercado acionário registrou ontem poucos negócios. O volume de negócios na Bolsa paulista caiu de US$ 196,5 milhões na última sexta-feira para US$ 127,9 milhões ontem.
Os investidores estrangeiros estão fora do mercado. Há preocupação com o rumo do processo eleitoral.
(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,650% no último dia 26, correspondente a uma projeção de 41,62% no mês. Segundo a Andima, a taxa média do over ficou em 54,35% ao ano, correspondente a um rendimento diário de 1,81%, o que projeta rentabilidade de 47,94% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,19% e 54,20% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem dia 1º rendem 47,1722%. As taxas dos CDBs de 30 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 9% e 17% ao ano.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,39% a 55,00% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 16% a 18% ao ano mais TR.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 3,3%, fechando com 24.284 pontos e volume financeiro de CR$ 235,92 bilhões, contra CR$ 362,32 bilhões no dia anterior. Rio: elevação de 3,1% (I-Senn), fechando com 93.034 pontos e volume financeiro de CR$ 39,96 bilhões, contra CR$ 111,14 bilhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
Em Londres e em Nova York, foi feriado. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.838,97 pontos, com alta de 61,81 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.843,85 (compra) e CR$ 1.843,87 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.844,03 (compra) e CR$ 1.844,05 (venda). "Black": CR$ 1.830,00 (compra) e CR$ 1.850,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.810,00 (compra) e CR$ 1.830,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.780,00 (compra) e CR$ 1.840,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,38%, fechando a CR$ 22.730,00 o grama na BM&F.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 48,13% e de 48,36% para junho.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 44,24% e em 41,97% para junho.
O mercado futuro do índice da Bolsa paulista para junho fechou com 29.550 pontos, o que projeta lucratividade de 44,48%.
A estimativa do mercado futuro projeta inflação (IGP-M) de 42,58% para maio, contra 42,68% no dia anterior.

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