São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 1994
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Parmalat ameaça sua união com Palmeiras

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

As pressões da torcida e dirigentes do Palmeiras sobre o técnico Wanderley Luxemburgo podem desfazer a co-gestão Palmeiras/Parmalat.
A afirmação é de José Carlos Brunoro, gerente de esportes da multinacional, que tem contrato assinado com o clube até 1997.
"No futuro, esses problemas podem contribuir negativamente em uma renovação de contrato", disse Brunoro.
Para o dirigente a situação é "contornável". "Conversei com o Wanderley e acho que este trabalho vitorioso não pode ser desfeito", afirmou.
"Amanhã teremos uma reunião e espero que ele reconsidere sua decisão", disse. "Não serão alguns poucos que irão mudar um planejamento do dia para noite."
Para Brunoro, as manifestações dos torcedores contra "o Palmeiras e Luxemburgo, e a favor de Edmundo são dirigidas".
"Eles sempre precisam de uma desculpa para agir. Foi assim na época do Nelsinho e também com o Otacílio Gonçalves", afirmou Brunoro, se referindo aos ex-técnicos palmeirenses.
O técnico Wanderley Luxemburgo viajou para o Rio. O treinador, que pediu uma semana para discutir com a família se permanece ou não no cargo, deve se comunicar com a diretoria ainda hoje.
Procurado pela Folha, Luxemburgo não foi encontrado.
O presidente Mustafá Contursi, chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo, não concordou com as críticas da torcida, mas advertiu: "O Wanderley tem que ver o que é melhor para ele", disse.
O jogador Zinho, também na seleção, criticou. "A torcida foi ingrata. Isso faz parte de uma corrente muito forte dentro do Palmeiras que só quer atrapalhar", disse.

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