São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994 |
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Sarney decide em 15 dias quem vai apoiar
MÁRIO SIMAS FILHO
Sarney ainda espera obter o apoio dos tucanos à candidatura de sua filha Roseana Sarney (PFL) ao governo do Maranhão. No Estado, o PMDB decidiu não lançar candidato próprio e vai apoiar Roseana. A decisão foi considerada como ponto a favor de Quércia na disputa do apoio de Sarney. Sarney gostaria de apoiar a candidatura FHC. Mas o ex-presidente entende que ficaria em uma situação complicada se os tucanos brigarem com Roseana no Maranhão. O recente bate-boca entre o deputado José Sarney Filho (PFL-MA) e o senador Mário Covas, candidato do PSDB ao governo paulista, também pesa na decisão de Sarney. As divergências que separam o ex-presidente do PSDB, contudo, não bastam para colocar Sarney e Quércia em um mesmo palanque. Na segunda, Sarney esteve em São Paulo e evitou encontrar-se com Quércia. À noite, o ex-governador ligou para Sarney e tentou agendar um encontro para ontem. Sarney respondeu que não teria o que conversar e afirmou que só tomaria um decisão sobre seu papel na sucessão presidencial após o dia 15 de junho. "Quero um recolhimento de 15 dias para avaliar o quadro político", disse Sarney. "No momento só me preocupa a política do Maranhão", afirmou. Na sexta-feira, Sarney embarca à Alemanha para participar de um encontro de ex-presidentes. Na verdade, Sarney quer ganhar tempo para pressionar o PSDB em seu Estado e esperar para ver se a candidatura Quércia decola. Ontem, Quércia reafirmou que acredita no apoio de Sarney. "Ele é do PMDB e é meu amigo", disse o ex-governador. Quércia voltou a atacar Lula e FHC. Segundo ele, seus adversários levam velas para Deus e para o diabo. "Eles fazem um discurso aos eleitores e outro aos banqueiros", disse. Texto Anterior: Chega de impostura Próximo Texto: Quércia admite desistir e apoiar candidatura Brizola Índice |
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