São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994 |
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Petista promete controlar preços e asfaltar as ruas
EUMANO SILVA ; LUCIO VAZ
Lula afirmou ontem que, se for eleito, vai propor o parcelamento das dívidas dos sonegadores e impostos e vai querer controlar os preços. A proposta de Lula foi feita durante almoço com empresário na cidade satélite de Taguatinga (22 km e Brasília), na churrascaria Brasa's. O almoço fez parte da caravana de campanha de Lula. Ainda na churrascaria, o candidato do PT fez várias embaixadas com uma bola e brincou: "Se o Parreira vê, me convoca para a Seleção". O candidato do PT também falou em asfaltar as ruas de Samambaia, cidade satélite de cerca de 200 mil habitantes. "Temos de asfaltar, mesmo que seja com asfalto de qualidade inferior, ou gramar os terrenos. Não sei como vocês aguentam essa poeira durante o ano", disse Lula. À noite, em reunião com pastores evangélicos na cidade satélite e Ceilândia, Lula disse pessoalmente contra o aborto, mas reafirmou que o Estado precisa tratar a questão "como coisa de saúde pública". "Temos 1,4 milhões de aborto por ano no Brasil. São casos de meninas de 13 anos. Elas vendem o corpo em troca de um prato de comida. Aquelas que praticarem, o Estado vai ter que dar atendimento médico e educá-las", afirmou. Lula também foi questionado pelos evangélicos, que afirmam ter 30 milhões de votos, sobre homossexualismo, missões evangélicas em áreas indígenas e prostituição. O candidato do PT esquivou-se de algumas perguntas. "O programa do PT não defende o casamento de homossexuais, mas não tenho o direito de proibir que as pessoas estabeleçam uma condição de vida própria", disse. Lula defendeu a manutenção dos trabalhos das missões evangélicas em áreas indígenas. O candidato defendeu uma reforma tributária que reduza os impostos do setor produtivo e aumente os do "especulativos". Texto Anterior: Candidato promete asfaltar ruas e controlar os preços Próximo Texto: Bisol quer intervenção em diretórios do PSB Índice |
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