São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994 |
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Incor projeta coração no micro
MARIA EDICY MOREIRA
Os ventrículos artificiais, segundo o médico Adolfo Alberto Leirner, 58, diretor da divisão de bioengenharia do Incor, são "pontes" para o transplante de coração. O ventrículo artificial garante a vida do paciente enquanto ele espera um doador. Também pode ser usado em pacientes com lesões temporárias no coração. O Incor já desenvolve e fabrica ventrículos externos e outros equipamentos que auxiliam nas cirurgias e tratamento de cardíacos. Segundo Milton Seigui Oshiro, 39, diretor técnico de serviços da divisão de bioengenharia, o micro com programa gráfico que acaba de ser instalado no Incor vai acelerar os projetos de ventrículos internos (usados dentro do abdome). O desenvolvimento de um projeto, que hoje demora até um ano –no caso dos modelos externos–, será feito em semanas. A fabricação dos ventrículos também será feita por uma máquina computadorizada. Essa nova solução elimina a necessidade de se criar moldes e modelos para saber como ficará a peça antes de entrar em produção. "Poderemos testar mais materiais e modelos, com maior rapidez e precisão", diz Oshiro. Além de ser menor que o modelo externo, o ventrículo interno terá unidade de controle portátil. A pessoa poderá levá-la nas costas, permanecendo meses com o ventrículo artificial. O ventrículo externo tem uma unidade de controle do tamanho de um pequeno armário e deixa à mostra dois grossos tubos que saem do abdome da pessoa. Isso inviabiliza a locomoção e faz com que só possa ser usado por dias ou semanas. O ventrículo interno poderá estar pronto até o final do ano. Texto Anterior: 'Campaign 2' traz guerra para o micro Próximo Texto: Festival do Minuto vai para o micro Índice |
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