São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994
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ONU investiga massacre de 500 em campo de refugiados de Ruanda

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos 500 pessoas foram massacradas em um campo de refugiados de Ruanda. Na maioria integrantes da minoria tutsi, elas teriam sido chacinadas no sábado.
Ontem, as forças da ONU no país centro-africano enviaram investigadores para o local do massacre, o campo de refugiados de Kabayi, 50 km a sudoeste de Kigali, a capital.
No caminho, desconhecidos atiraram contra os investigadores, que retornavam a Kigali. Se for confirmado, o massacre pode provocar nova escalada do conflito.
Sete semanas de guerra civil, iniciada em 6 de abril com a morte do presidente Juvenal Habyarimana, já mataram cerca de 500 mil pessoas, segundo agências humanitárias.
Tropas governamentais e bandos de hutus armados são os principais suspeitos dos massacres de integrantes da minoria tutsi.
Apesar de terem discutido anteontem os termos de um cessar-fogo, rebeldes e tropas do governo prosseguiam ontem duelos de artilharia.
Nova reunião de paz entre os rebeldes da FPR (Frente Patriótica Ruandesa liderada por tutsis) e o Exército marcada para amanhã parecia descartada depois das notícias do massacre.
A Unamir (Missão de Assistência das Nações Unidas em Ruanda) suspendeu suas operações ontem, depois que um de seus oficiais, o capitão senegalês Mbaye Diagne, 32, foi morto.
Ele foi atingido dentro de um carro marcado com as insígnias da ONU ao passar por uma ponte no centro de Kigali. A ONU informou que o obus foi disparado de uma posição rebelde.

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