São Paulo, quarta-feira, 1 de junho de 1994 |
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Coréia do Sul entra em alerta após ameaça da ONU ao norte
FERNANDO CANZIAN
O Conselho de Segurança da ONU determinou, no final da noite de segunda-feira, que a Coréia do Norte interrompa imediatamente suas atividades nucleares. Caso o pedido de inspeção por especialistas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU) não seja aceito, há fortes chances de serem votadas sanções comerciais contra o país. Em conversa de 20 minutos com o presidente da Coréia do Sul, Kim Young, o presidente dos EUA, Bill Clinton, disse ontem que a situação na região chegou "a um estágio muito perigoso". O governo comunista de linha dura da Coréia do Norte continuou ontem alimentando seu reator atômico em Yongbyon e desconsiderou o aviso da ONU. Kim Su-Man, embaixador da Coréia do Norte na ONU, disse que qualquer sanção comercial contra o seu país será considerada "como um ato de guerra". A Coréia do Norte promete transformar Seul, a capital da Coréia do Sul, em "um mar de chamas" caso qualquer medida punitiva seja tomada contra o país. O governo japonês afirmou ontem que as inspeções da ONU na região devem ser realizadas imediatamente –já que o regime norte-coreano estaria destruindo provas de que vem desenvolvendo capacidade de fabricar bombas. O embaixador da Nova Zelândia na ONU disse que sanções comerciais contra a Coréia do Norte deveriam ser adotadas "o mais rápido possível". A China, maior aliada da Coréia do Norte e com fortes interesses comerciais no país, já se manifestou contra a adoção das sanções. Texto Anterior: Preços em Cuba sobem 300% Próximo Texto: Nordeste é "região de risco" Índice |
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