São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994
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Previ obtém prazo na disputa pela Perdigão

MARISTELA MAFEI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os sete fundos de pensão liderados pela Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, conseguiram prazo de 40 dias junto à família Brandalise para apresentar proposta de compra da Perdigão.
Eles disputam a Perdigão junto com o Banco J.P.Morgan/Moinho Fluminense, cuja proposta foi eleita a melhor das apresentadas até a última segunda-feira.
O pool dos fundos de pensão é formado pela Previ (Banco do Brasil), Previ (Banerj), Sistel (Telebrás), Telos (Embratel), Real-Grandeza (Furnas), Aeros (Varig-Transbrasil), e Postales (Correios-Telebrás).
A informação sobre a concessão do prazo foi confirmada ontem por Edson Monteiro, diretor administrativo da Previ.
Monteiro desmentiu informações que circularam ontem no mercado financeiro de que a família Brandalise havia aceito o prazo pedido pela Previ porque, nessa hipótese, o controle da empresa continuaria com a holding Videira, dos Brandalise.
"Nada impede que os Brandalise fiquem como acionistas minoritários– a nossa proposta implica transferência do controle acionário para os fundos de pensão, nos mesmos moldes do que ocorreu com a Acesita", informou Monteiro.
Segundo Monteiro, cada fundo de pensão, isoladamente, pode deter até 15% do controle acionário de uma empresa.
Desde fevereiro último, a família Brandalise nomeou o Banco Garantia como condutor oficial da venda de suas ações –perto de 75% do capital total– na Perdigão.
Parte do valor obtido com a venda será utilizado para quitar uma dívida de US$ 60 milhões contraída pela própria Videira junto à Perdigão.
O valor das ações dos Brandalise é estimado em US$ 130 milhões.(Maristela Mafei)

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