São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994
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'Memorial' é vice-líder de audiência entre minisséries

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

'Memorial' já é vice-líder de audiência
Ainda na metade, a minissérie está só um ponto atrás de "Anos Dourados", a recordista da última década
"Memorial de Maria Moura" nem chegou à metade e já é vice-líder de audiência entre as 37 minisséries que a Globo produziu nos últimos 12 anos.
Os primeiros nove capítulos de "Memorial" registraram média de 36 pontos na Grande São Paulo durante a segunda quinzena de maio.
O número, do Ibope, indica que cerca de 1,4 milhões de domicílios sintonizaram a trama.
É um desempenho respeitável. Principalmente porque sinaliza que "Memorial" poderá bater "Anos Dourados" e se tornar a minissérie da Globo com maior índice de audiência.
Escrita por Gilberto Braga, "Anos Dourados" atingiu média de 37 pontos na Grande São Paulo em 1986 –façanha que nenhuma outra produção do gênero igualou (veja "ranking" à direita).
"Memorial" tem muita chance de assumir a liderança de público por duas razões:
1) A história, que se baseia no romance homônimo de Rachel de Queiroz, ainda não atingiu o clímax.
A Globo exibe esta noite o 12º capítulo da trama, que deverá se estender por mais duas semanas.
A tradição mostra que novelas e minisséries ganham público à medida que se aproximam do fim.
Portanto, se hoje a saga de Maria Moura está com 36 pontos, a tendência é empatar brevemente com "Anos Dourados" ou mesmo ultrapassá-la.
2) Um dos galãs de "Memorial", o ator Marcos Palmeira, ainda não entrou na história.
Quando entrar, poderá atrair público. Palmeira viverá o personagem Cirino, sedutor irresponsável por quem Maria Moura (Glória Pires) vai se apaixonar.
O ator aparecerá de cabelos loiros e olhos claros –visual oposto àquele que sempre o caracterizou.
Para efeito de comparação, vale lembrar que a primeira minissérie da Globo, "Lampião e Maria Bonita", alcançou média de 22 pontos na Grande São Paulo entre 26 de abril e 5 de maio de 1982.
Livro
O sucesso de "Memorial" na televisão está fazendo bem para o romance de Rachel de Queiroz.
A editora Siciliano, que lançou o livro em agosto de 92, avalia que as vendas subiram 40% desde a estréia da minissérie e já superaram a marca dos 30 mil exemplares.

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