São Paulo, quinta-feira, 2 de junho de 1994
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Polícia espanhola prende nazista condenado por negar Holocausto

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A polícia espanhola prendeu Otto Remer, 81, no aeroporto de Málaga (sul do país). Tenente-general da SS (tropas de elite da Alemanha nazista), ele foi detido com base em pedido alemão de extradição.
A Justiça alemã condenou Remer a 22 meses de prisão por incitar o ódio racial. Ele foi considerado culpado de negar a existência do Holocausto do povo judeu.
Ele disse que as câmaras de gás nos campos de extermínio e o massacre de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista não passam de invenções.
Um juiz espanhol determinou que o ex-chefe de segurança do quartel-general de Hitler fosse levado para casa, onde permaneceria em prisão domiciliar.
O Ministério Público espanhol pediu a anulação da ordem de prisão e a libertação de Remer sem fiança. Ele argumenta que a Espanha não tem uma lei antidiscriminação similar à alemã.
Em Roma, Shimon Samuels, diretor do Centro Simon Wiesenthal, pediu a imediata extradição de Remer para a Alemanha.
Segundo Samuels, a Espanha serviu durante anos como refúgio para criminosos de guerra nazistas.
Essa proteção, iniciada na época do franquismo, }encontrou continuidade após a redemocratização.
O diretor da organização de caça a criminosos nazistas disse ter sido informado pelas autoridades italianas que enviarão à Argentina esta semana documentos necessários para a extradição de Erich Priebke.
Preso em maio pela polícia argentina, Priebke é acusado de ter participado diretamente do fuzilamento de 385 civis italianos em 1944, em represália pela morte de 35 soldados alemães.

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