São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994 |
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Livro adapta aventura para TV do Batman
GABRIEL BASTOS JUNIOR
A editora Abril está lançando "Batman - A Série da TV". A coleção traz histórias adaptadas do desenho animado e não tem ilustrações (para não haver confusão). O livro está sendo vendido em bancas de jornais, junto com os outros gibis da editora. O primeiro volume traz "Sombras do Passado", adaptado por Geary Gravel. A história é baseada em dois episódios do desenho: "Appointment at Crime Alley" (encontro no beco do Crime), com roteiro de Gerry Comway, e "Robin's Reckoning" (lembranças de Robin), com roteiro de Randy Rogel. Batman está causando uma verdadeira confusão de "crossovers". "Appointment at Crime Alley", por exemplo, é baseada na HQ "There's No Hope in Crime Alley" (não há esperança no beco do Crime), de Dennis O'Neil. Quadrinhos viram desenho, que vira livro. Simples. "Sombras do Passado" leva Batman de volta ao beco do Crime –uma rua deserta e pobre no centro de Gotham City. Um empresário da cidade quer demolir toda a região custe o que custar. O beco foi onde Bruce Wayne viu seus pais morrerem durante um assalto. Ele jurou lutar contra o crime e acabou se transformando no Batman. A dra. Leslie Thompkins, uma das mais resistentes moradoras da região, foi quem confortou Bruce na época da tragédia. Quando ela é sequestrada, a coisa se torna pessoal para o herói. São 30 capítulos espalhados por 158 páginas em formato de bolso. Não é muito: o equivalente aos livros de espionagem e velho-oeste encontrado nas bancas (séries ZZ7, FBI e Chumbo Grosso, por exemplo). Logo no começo, há uma descrição minuciosa da batcaverna. A linguagem em nada lembra uma história em quadrinhos. Trata-se mesmo de um livro do Batman. "O homem perdeu-se em amargos pensamentos por um instante na sala silenciosa", diz um trecho. O clima procura ser pesado, tenso, como deve ser uma aventura do cavaleiro das trevas. Batman foi criado em 1939 por Bob Kane. De lá para cá se tornou um dos heróis mais populares dos quadrinhos, comparado em prestígio apenas ao Super-Homem. A decepção ficou por conta do desenho longa-metragem "Batman: A Máscara do Fantasma", lançado em dezembro nos EUA. Em quatro semanas de exibição ele rendeu apenas US$ 6 milhões (menos que "Parque dos Dinossauros" no fim-de-semana de estréia). Texto Anterior: De Londres Próximo Texto: HQ desvenda origem do personagem Demolidor Índice |
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