São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994 |
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Bergkamp herda comando da Holanda
JOHN HARRELL
Nos últimos três anos, o jogador da Internazionale de Milão (Itália) se tornou uma das estrelas do futebol mundial. Em 1993, ficou em terceiro lugar na eleição da Fifa para o Jogador do Ano. "Este foi meu primeiro ano na Itália, onde existe a competição de futebol mais dura de toda a Europa. É preciso evoluir a cada temporada", disse o atacante. Apesar da modéstia, Bergkamp já é apontado como o sucessor de grandes jogadores holandeses, como o Johan Cruyff dos anos 70 e Gulit e Van Basten, nos 80. O atacante terá, na Copa do Mundo, a grande chance de sua carreira, que começou nas categorias inferiores do Ajax, time holandês da primeira divisão. Quando tinha 17 anos, foi promovido pelo então diretor do clube Johan Cruyff, atual técnico do Barcelona (Espanha), para a equipe principal. Segundo Bergkamp, a organização do time tornou a transição mais fácil. "Os garotos de sete ou oito anos jogam exatamente no mesmo sistema do time profissional", explicou. "Quando eu fui para a equipe principal, tinha a mesma função que no juvenil. Cruyff apenas me disse: `É só futebol, o jogo de que você gosta'." O atacante jogou no Ajax até 93, quando se transferiu para a Inter de Milão. Em sete temporadas, marcou 103 gols em 185 jogos. Na seleção holandesa, Bergkamp fez 16 gols em 26 partidas. Destes, destaca como os mais importantes os três que marcou nos dois últimos jogos das eliminatórias da Copa. "Só tinha feito dois gols nos oito primeiros jogos. As duas partidas finais provaram o que eu podia fazer", afirmou. Depois de se casar, Bergkamp julgou que teria estabilidade suficiente para suportar a transição cultural para a Itália. Foi quando acertou sua ida para Milão. Para a Copa do Mundo, Bergkamp quer que sua equipe chegue às finais. Pessoalmente, tem a ambição de mostrar "tudo o que sei fazer em campo". Texto Anterior: Colômbia bate a Irlanda em jogo nos EUA Próximo Texto: Atacante só tem 3 títulos Índice |
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