São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994 |
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Eleições dão fôlego à produção de faixas
NELSON ROCCO
Os investimentos para montar um negócio desse tipo não são altos. Segundo empresários do setor, com US$ 20 mil dá para começar. Sebastião Alves Reina, 43, dono da Reina Faixas, diz que o movimento do setor aumenta entre 50% e 60% em época de eleições. Caso o interessado não conheça as técnicas do ofício, Reina recomenda a contratação de um letrista –profissional especializado no desenho das letras. "Os letristas recebem entre 30% e 50% do faturamento bruto", diz Reina. A empresa fatura em média CR$ 5 milhões por mês, com a venda entre 100 e 200 peças. As faixas podem ser feitas em tecidos de algodão ou em materiais sintéticos, como PVC laminado, percalina, "night and day" (uma espécie de lona plástica) e "sun lux" (um plástico aplicado sobre uma trama de náilon). A impressão das letras nas faixas pode ser feita à mão –o que é mais barato–, ou em silk-screen (que exige telas especiais em filme ou fotolito). Marco Aurélio Ribeiro Ortiz, 29, dono da GMO Letreiros, faz à mão entre 15 e 20 faixas por semana. Pelo metro linear de faixa ele cobra cerca de 4 URVs. Ortiz afirma que é possível começar um negócio em casa. Para isso é necessário ter pincéis, um telefone e um estoque de 200 metros de tecido. O empresário estima que em um espaço de 40 m2 dá para começar. Se a opção for por impressão em silk-screen é preciso mandar fazer uma mesa de luz. Ortiz recomenda uma mesa de 2 m de comprimento por 1 m de largura e 25 cm de altura, forrada em fórmica, com um tampo de vidro (que pode ser de segunda mão) e com luzes fluorescentes dentro. Jair Pinheiro França, 32, dono da Disk Faixas, diz que a melhor forma de divulgação do trabalho são os anúncios classificados em jornais e revistas e nas listas telefônicas. A colocação de faixas em postes, ruas e locais públicos é proibida em São Paulo pela lei nº 10.315. Elas podem ser fixadas apenas nas fachadas de casas e pontos comerciais ou no recuo do prédio. Nunca podem avançar na calçada. Caso um fiscal da prefeitura identifique o responsável por uma faixa em local irregular, pode multá-lo em 15 UFMs (Unidade Fiscal do Município). Equivale a CR$ 768 mil. (NR) Texto Anterior: Pequenas indústrias mantêm aquecimento Próximo Texto: Investimento: US$ 20 mil Índice |
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